22/07/2010

esquecer o 21.



Deixei-me levar pelo vento no dia em que não consegui agir de forma correcta.
A chuva caía lentamente, e eu não me importava, mantive-me no mesmo lugar, estava gelada por dentro e por fora, não conseguia pensar em mais nada, desliguei-me por completo, não queria saber do tempo, e muito menos dos outros, e estava sem paciência para me ouvir.
Deixei-me levar pelo vento, pela brisa fresca, húmida daquele final de dia onde reinava a ausência do mais importante.
Deixei-me levar porque quis, porque precisava, porque tinha de ser, porque não havia alternativa ao meu cansado.
Agora estou aqui, na incerteza. Espero agora poder voltar, espero que o vento me traga de novo ao que era, de novo decidida e segura dos meus actos.
Até à próxima rajada de 150 km/h (sem exagero).

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